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Apresentação do presidente da SINCAL, Sr. Armando Mattiello, na Audiência Pública “Cenário da Política pública Brasileira para o Café”.

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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Vazio Sanitário para Broca-do-Café (Hypothenemus hampei)



 Vazio sanitário caracteriza-se por um período de ausência de hospedeiro (material de propagação) para pragas ou doenças no campo; no caso da broca-do-café, como ela precisa obrigatoriamente dos frutos para propagar-se e multiplicar-se, seria a definição de um período de ausência de frutos (no pé ou no chão), impedindo a propagação da praga, reduzindo a pressão de infestação entre safras. É uma prática muito interessante, que vem se mostrando eficaz em cultivos como soja, feijão e algodão para compor o manejo de outros problemas. No café, poderia reforçar ainda mais o manejo da broca além do monitoramento bem feito, utilização de inseticidas e adjuvantes eficientes e qualidade de aplicação. O vazio sanitário é um conjunto de práticas culturais que iniciam-se com uma colheita bem feita, uma vez que a mecanização na derriça intensificou-se muito nos últimos anos e com isso tivemos um aumento na sobra de café nas lavouras. Na sequência fazer o “repasse” (mais de um se necessário), depois lançar mão da utilização das práticas de varrição e rastelação (existem equipamentos e implementos modernos para tal); tudo na tentativa de eliminar todo e qualquer resto de café que possa sobrar. Lembrando que esta remoção de frutos remanescentes gera receita através da comercialização deste café de qualidade inferior, mas que mesmo assim deve ser suficiente para cobrir o custo operacional. Atenção para lavouras esqueletadas no ano anterior, pois pode ter sobrado alguma gema viável, a qual pode florescer e gerar frutos, possibilitando a multiplicação da praga.

Por fim, podemos aproveitar outras práticas já existentes como a destruição dos restos culturais na entrelinha do cafezal com a utilização de trinchas mecânicas (para áreas que foram esqueletadas, por exemplo), o que destruirá também eventuais frutos que possam ter sobrado no chão; outra prática existente é a desbrota, onde podemos aproveitar para remover frutos/flores remanescentes nos pés de café; ainda temos a “distribuição de cisco” para debaixo da saia do cafeeiro, protegendo o solo e promovendo o desenvolvimento de diversos fungos benéficos, dentre eles a Beauveria Bassiana, que pode suprimir o desenvolvimento da broca. Enfim, o vazio sanitário deve se tornar uma prática difundida, conhecida e executada, para compor o manejo desta importante praga na cafeicultura.

Lembrando e reforçando que para o manejo eficaz da broca-do-café devemos conhecer  (a) a biologia da praga (ciclo, formas biológicas, dispersão desuniforme no ataque, influência do clima), aplicar boas práticas na (b) tecnologia de aplicação (uso de adjuvantes apropriados como óleos emulsionáveis, eletrostática vs convencional, volume de calda adequado, época de aplicação), fazer o (c) monitoramento (levantamento inicial, acompanhamento, %brocados e %brocas vivas, atenção às floradas), além do (d) Vazio Sanitário, que acabamos de expor (colheita bem feita, repasse, varrição e rastelação, trincha, desbrota, distribuição do cisco); por fim, utilizar (e) produtos químicos (inseticidas) registrados visando sempre um manejo integrado de pragas (MIP) e/ou manejo integrado de resistência (MIR).

Atenciosamente,

André Luís Mattiello
Eng. Agrônomo

Gerente de Desenvolvimento Técnico de Mercado para os cultivos de Café, Cana-de-açúcar e Citros na BASF.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Medidas para mitigar o vazio sanitário da Broca.

A SINCAL, através de seus diretores, está buscando meio para implantar o vazio sanitário com relação a broca do café.


Segue abaixo sugestões de medidas a serem tomadas para mitigar a ocorrência da broca.

Nas lavouras mecanizadas fazemos o repasse manual ou mesmo mecanizado para não sobrar cafés na planta. Feito isso fazemos a primeira varrição, mas ainda, sobra café no solo. Retornamos repassando e ainda conseguimos tirar cafés que pagam o custo operacional, sobrando-nos ao redor de R$300,00 por hectare, ou seja, é compensatório economicamente. Depois que passamos a esqueletadeira e, a eliminação dos ponteiros do ortotrópico, entramos com a trincha antes de desbrotar. A trincha elimina todos os ramos e ponteiros e nessa operação trituram os grãos sobrantes próximos da linha e nas entrelinhas e, deixando a lavoura mais limpa para entrar com a desbrota. Faz-se a desbrota e novamente a utiliza-se a trincha. Serão duas operações com a trincha. Com isso a trincha não tem que trabalhar em situações tão embatumadas e, os custos das duas operações, praticamente, são cobertos com o diferencial da segunda repassada da rastelação. Com essas duas passadas da trincha, praticamente, trituramos os grãos de café no alcance da mesma. Na operação da desbrota que é manual o pessoal vai tirando flores e diversos chumbinhos que estão na planta não deixando os mesmos prosperar evitando o foco da broca. Com a operação de chegar cisco os cafés, que por ventura, sobraram próximo ao tronco estarão recobertos com toda a folhagem e ramos triturados e acrescidos de um pouco de terra provocando podridões dos mesmos. Além disso, estamos levando para a planta a decomposição desse material que causará o surgimento do fungo Beauveria bassiana que é inimigo natural da broca. Todo esse material orgânico além de reter a umidade, lentamente, transforma se em húmus e nitrogênio para a planta. Vide abaixo fotos das operações.

Atenciosamente,

Armando Mattiello

Presidente da SINCAL









sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Medidas para elevação do preço do CAFÉ



Estamos atravessando verdadeiras transformações a nível mundial com as sistemáticas implantadas pelas grandes corporações referente a uma logística fantástica que vem ocorrendo nas plataformas globais. No caso do café estamos bitolados nos preceitos anacrônicos e de um amadorismo umbilical. Nossas lideranças e os cafeicultores estão alheios a essas mudanças e, infelizmente, estão fechados e praticando um verdadeiro suicídio por uma visão destorcida e caótica e, sendo enganados pelos manipuladores dos grandes oligopólios que estão engolindo nossas expertises. Estão sequestrando toda as nossas tecnologias através da evasão de divisas e trazendo-lhes lucros exorbitantes que possibilitam investir numa logística moderníssima a nível global. Enquanto estamos olhando para o próprio umbigo as grandes corporações implantaram uma sistemática que capitanearam o que tínhamos de suprassumo no café.

Quando analisamos as estatísticas do café, os preços deveriam estar num patamar de pelo menos três vezes os preços atuais, mas as mudanças radicais no mundo em relação ao perfil de negócios está numa dinâmica acelerada e nos, com essa verdadeira bagunça na política cafeeira e, pelo anacronismo de nossas lideranças que não estão percebendo essa dinâmica implantada e, não querem ou não conseguem ver o horizonte para uma política moderna e não percebendo, ou importando-se que o negócio café está sendo manipulado e sequestrado pelas tecnologias citadas. O negócio café, a nível mundial, está caminhando com excelência e nunca foi tão bem no mundo como nos tempos atuais. Os jovens estão bebendo muito café e, o consumo está crescendo. Mas o lucro, apesar do Brasil ser o maior produtor de café, está indo para a mão dos grandes oligopólios estrangeiros que com o emprego dessas tecnologias está conquistando o negócio. Primeiramente, introduziram as certificações que os asseguram de determinadas estratégias, nos condicionando ao jogo dessas corporações. Depois compram as grandes torrefações nacionais para ganhar toda a distribuição dentro do enorme consumo Brasileiro e, dominam os formadores de políticas cafeeiras no Brasil e também quando analisamos os preços dos consumidores mundiais estão com base interessantes mas, o lucro desses preços não chegam nunca nos bolsos dos cafeicultores brasileiros e, mesmo de outros países produtores. Sempre tivemos a excelência no negócio café em classificação, em distribuição, em comercialização, em bebidas e outros. Com isso estão expondo a regra deles e até acabando com as classificações de bebidas estritamente mole, apenas mole e assim por diante. Vieram com o modismo dos Speciality Americano e agora tentam acabar com nossa tradicionalíssima tabela C.O.B. (Código Oficial Brasileiro) e, introduzindo e impondo suas regras e nós não estamos enxergando esse domínio, com isso todas as regras do café estão vindo de fora para dentro.

No passado, como o lucro do café que ficava com os brasileiros, tínhamos recursos tanto para nossas autarquias tanto quanto para os cafeicultores e, investíamos nas universidades e centros de pesquisas e, nesse aspecto nos progredimos e ficamos na frente do mercado internacional. Atualmente, com o sequestro de lucro a grande fatia fica lá fora e assim todas as inovações estão vindo de “fora para dentro” porque eles que tem o dinheiro para o marketing e a pesquisa. Podemos citar, como exemplo, o “case” da Nestle com o Nespresso, onde se investiu muito dinheiro e, daí podemos entender o porquê eles estão sempre na frente e nós os acompanhando como meros espectadores e trabalhando para essas grandes corporações.

Basta a gente analisar quanto vende-se o quilo do café e, sobram lucros expressivos e investem em pesquisas e aprimoramento tecnológico em relação ao nosso sistema tupiniquim e com isso estamos sendo massacrados e perdendo o negócio café para os estrangeiros.

Com as estatísticas indicando que os estoques estão baixando e num determinado momento o preço vai subir e a “tropa”, nós cafeicultores, sairemos correndo para plantar mais café e, assim que todos plantarem eles darão “um nó” no mercado e seguram os preços nos patamares que eles bem interessam e, sempre nos colocando “debaixo do balaio”. Precisamos URGENTEMENTE fazer uma política moderna e encarar todo o exposto.

A situação estatística de estoques está apertada e nós estamos vendo, claramente, que os preços não sobem porque eles tem as rédeas do negócio e nós estamos aceitando tudo isso passivamente sem lutar para reciclarmos as lideranças, e, criar uma nova constelação de pessoas imbuídas para reverter a situação. Aqui compete a nós cafeicultores, apertarmos para que as mudanças ocorram e criar uma nova liderança com visão futurista e redimensionar as ações para enfrentarmos essas adversidades impostas pelos estrangeiros, principalmente, países do primeiro mundo.

Possuímos as estatísticas da O.I.C. (Organização Internacional do Café) que demonstram que o consumo está crescendo linearmente 2% ao ano. Atualmente, já não desperdiçamos tanto café pelo “ralo” oriundo dos bules e garrafas térmicas e, isso demonstra que o mundo está bebendo muito mais café. Sabemos que o mercado possui as plataformas digitais e essas grandes empresas, atualmente, possuem operações no mundo inteiro: Ásia, Europa, África, Brasil, Colômbia etc., e ainda elas possuem as liquidações financeiras em Nova York, Londres, Frankfurt, Singapura, Hong Kong e tantas outras providas de entreposto na mesma sistemática. Em cima desse traçado essas corporações possuem verdadeiros cientistas voltados para a logística. São gênios. Essa logística moderna com os números, gráficos, robôs, algoritmos e outros possibilitam simulações a conjuminações logística perfeita. Quando o mercado interno não está na mão dessas corporações eles, praticamente secam o lucro dos distribuidores levando-os a quebrarem e, entram expondo a própria distribuição. Trata-se de uma ciência que eles desenvolveram de uma forma fantástica e com isso, provavelmente, não olham mais a produção do Brasil isoladamente como faziam até então. Eles analisam o mercado como um todo e a demanda, mês a mês, do mundo. Dentro desse exposto temos que estar cientes para desenvolvermos estratégias futuras.

Há um grande risco que poderá ter a importação de café e, a utilização de um mecanismo por essas grandes organizações que puxariam o café conilon da Ásia e reverteria o arábica e, teria toda a logística montada. Com isso, eles trabalhariam nas duas mãos e sufocariam, ainda mais a indústria nacional e, consequentemente, os cafeicultores.

Essa logística perfeita e essa plataforma global que não estamos levando em consideração e, eles poderão trabalhar com um estoque mínimo necessário. Procuro achar a explicação perfeita para atual situação dos preços ridículos em cima da logística perfeita dos grandes grupos e, assim os fatores fundamentais como a seca fica disperso dentro dessa sistemática. O impacto nos preços virão dado as constantes quebras de safras que estamos convivendo nos últimos tempos, inclusive para 2018. Mas, a alta nos preços poderão ser mais demorada baseado no exposto. Os estoques mundiais são baixos, dado a sistemática inteligente que implantaram na logística o que possibilita uma administração profissional competente.

O Brasil precisa tomar o seu devido lugar pois, temos 33 – 35% de market share e, com ações estruturadas poderemos retomar a posição de protagonista. Precisamos: de UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO envolvendo o setor produtivo e industrial com agregação de valores e conquistando melhores preços e divisas para o pais. Esse PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO deverá contar com retorno para a pesquisa de inovações tecnológicas na industrialização e qualidade e, implantar estratégias com relação as medidas que deverão ser tomadas em anos de safras altas e ou baixas. Privilegiar a indústria nacional com café de qualidade abolindo esses subprodutos utilizados, indiscriminadamente, nas torrefações que tem mascarado as estatísticas pois, quando fazemos as contas da produção brasileira de diversos anos e, subtraímos a exportação e consumo interno as estatísticas nunca fecham em detrimento ao desconhecimento daquilo que está realmente sendo industrializado.

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO deverá contemplar uma visão futurista de no mínimo 15 anos, para assegurarmos ao setor produtivo e industrial com tomadas de decisões abalizadas e seguras. A modernidade das grandes corporações e mesmo de países desenvolvidos, trabalham com projeção e cenários para décadas a frente. Teremos que implantar estratégias mais seguras evitando o “Apaga Fogo” e, medidas pontuais e politiqueiras.

Para a solução rápida e possível elevação do preço deveremos apertar nossas lideranças desde a base, dentro dos Sindicatos de Produtores Rurais, Cooperativas, C.N.C. (Conselho Nacional do Café), MAPA (Ministério da Agricultura), entre outros, na procura de estratégias definidas e, na práticas de medidas que foram totalmente abolidas em detrimento ao setor produtivo. Ocorrem inúmeras deformidades e precisamos:

1) ESTATÍSTICA - Números abertos e reais de estoques, áreas plantadas e produção;

2) ELIMINAÇÃO DAS PREVISÕES feitas pelo IBGE e CONAB. Como podemos conviver com duas previsões por entidades estatais e descredibilizadas?

3) REPASSE DE CUSTEIO E FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS vencimentos dentro do preconizado no M.C.R. (Manual de Credito Rural), onde está explicito que os vencimentos deverão ocorrer 60 dias após a colheita. Assim, o final da colheita ocorre em setembro e os financiamentos e repasses aos cafeicultores deverão vencer 60 dias após, ou seja, 30 de novembro. Ainda possibilitando aos cafeicultores refinanciarem seus estoques por mais 90 dias, ou, ainda por 180 dias na expectativa de almejarem melhores preços. Pratica essa, que foi abolida nos últimos anos no intuito de escravizar os cafeicultores a vender o café a preço vil em plena época de colheita. Dentro dessa modalidade sempre foram utilizadas verbas do FUNCAFÉ e recursos obrigatórios providenciados pelo C.N.C., junto as instituições financeiras.

4) PREÇO MÍNIMO - Tanto para o Arábica quanto para o Robusta os preços mínimos foram estabelecidos abaixo do custo de produção. Para o Arábica foi estabelecido a R$ 333,00/saca e sabemos que o custo de produção gira ao redor de R$ 500,00/saca. Tal medida foi publicada pelo MAPA no dia 18/04/2017 e nos dias seguintes os preços despencaram 11,6%. Essa situação descabida e, deu uma conotação ao mercado internacional que ao preços praticados estavam a contento. Total irresponsabilidade.

5) ESTATUTO DA TERRA - Que pela Lei 4504, artigo 73 e 85 legisla que deveremos ter 30% de margem acrescido do transporte, embalagem e outros que elevaria o preço mínimo ao cafeicultor na faixa de R$ 670,00/saca. Portanto essa atitude inconsequente está levando os cafeicultores a um prejuízo na faixa de R$ 220,00 a R$ 250,00/saca, que ao final os cafeicultores estão perdendo por volta de R$ 12.000.000,00 (Doze Milhões de Reais) sem levar em consideração os impostos incidentes sobre o montante prejudicando além dos cafeicultores, os trabalhadores rurais e o IDH dos municípios.

6) BOLSA DE NOVA YORK - É regida pelos cafés lavados de 19 países e não possuímos contratos para o café natural. Através do contrato C (C de Colômbia) com isso estamos sempre vendendo cafés com deságio, um absurdo. Um país de 33 a 35% de market share não consegue ser protagonista do mercado provocando DUMPING aos cafeicultores brasileiros e aos demais 3.000.000 a nível mundial. Estamos provocando pobreza e miserabilidade ao mercado cafeeiro e ferindo as leis do OMC (Organização Mundial do Comercio). Com esse market share deveríamos “mandar no mercado e não sermos mandamos”. Atitude inconcebível!

7) ESTOQUES - Vendemos o restante do estoque em plena safra recorde de 2016 e zeramos nossos estoques. Estoques estratégicos tem que ser colocada em pratica visando, principalmente, o consumo interno num momento de escassez. Trata-se de um fator de segurança nacional. Ainda por cima, tentam importar café numa medida descabida e antipatriótica e prejudicando o setor produtivo. Vendemos cafés nos últimos anos a preço vil e não tiveram a capacidade e a inteligência de assegurarmos estoques para o abastecimento interno. Isto é uma situação que demonstra que o CNC o CDPC e o MAPA estão visando somente o interesse dos oligopólios internacionais e desta indústria Brasileira CAÓTICA. Recursos para ESTOQUES ESTRATÉGICOS temos de sobra, bastando praticar o FUNDO SOBERANO, recursos do FUNCAFÉ, R.O (Recursos Obrigatórios) e utilizarmos as normas do MCR, citados anteriormente, além de, outros instrumentos cabíveis.

8) QUALIDADE DO MERCADO INTERNO - Faz-se necessário retornar com a IN 16 (Instrução Normativa), que preconiza a industrialização de café de melhor qualidade retirando os cafés pretos, ardidos, palhas e tantos outros produtos incabíveis que ao final, sem assegurar o número exato, calculamos que poderíamos aumentar o consumo de verdadeiros cafés na faixa de 4 a 5 milhões de sacas, em ordem de grandeza, melhorando a qualidade e os preços aos cafeicultores brasileiros e, possibilitando aos consumidores tomarem um café de melhor qualidade, descontaminados de produtos inaceitáveis.

9) WARRANT / RECIBO DE DEPOSITO – Os cafeicultores devem exigir o warrant / recibo de deposito quando depositarem seus cafés nas Cooperativas ou Armazéns Gerais. Com isso, os citados estabelecimentos ficam como fiel depositários e não podem manipular o café dos cafeicultores evitando utilizar os estoques em benefícios próprios. Além disso, com a posse destes documentos, que são ativos, plenamente negociáveis para levantar recursos em qualquer instituição financeira. Estes documentos darão total segurança aos cafeicultores em todos os aspectos

10) RECURSOS DO FUNCAFÉ – Os recursos do FUNCAFÉ que são, praticamente, monopolizados por Cooperativas deveram ser abertos e citando o CPF ou CNPJ dos cafeicultores, tal pratica não tem ocorrido por intransigências dessas instituições e demonstrando obscuridade na aplicação deste recurso que é do cafeicultor. Trata-se de uma pratica indevida e que devia ser fiscalizada pelos órgãos competentes.

11) ESTOQUES DA COOPERATIVAS – As Cooperativas omitem seus estoques na retorica de uma estratégia que o mercado não deve saber desses posições, trata-se de uma pratica que omite a transparência mostrando que sempre os números ficam “em segredo de chaves”. Inaceitável e trazendo supostas desconfianças a essas corporações.

Além destes pontos ainda, existem muitos a serem acertados. Pontos estes que colocamos na reunião da Diretoria do CNC, no dia 20 de setembro de 2017, em Três Pontas/MG. Os pontos foram discutidos, mas, ficou claro que o CNC não está adepto a tomar iniciativas profissionais para melhoria dos cafeicultores.


Atenciosamente,

Armando Mattiello
Presidente da SINCAL

Associação dos Cafeicultores do Brasil

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Vem ai a 2ª Corrida do Café

Vem ai a 2ª Corrida do Café – Corrida e Caminhada com o aroma do conhecimento e sabor da felicidade.

Dia 19/11/2017 – Domingo – Largada na Fazenda Santa Elisa do IAC – Instituto Agronômico de Campinas

Av. Dr. Theodureto de A. Camargo, 1500 – Jd. Nª Sra. Auxiliadora – Campinas - SP

Faça sua inscrição: www.corpuseventos.com.br



sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Cafeicultores ganham tão pouco que em breve fornecimento pode ser impactado, diz executivo da OIC



Para José Sette, diretor executivo da OIC (Organização Internacional do Café), cafeicultores ao redor do mundo têm ganhado tão pouco com a produção de café que, muito provavelmente, poderão abandonar suas lavouras colocando em risco o abastecimento futuro em um momento de demanda crescente no mercado. A declaração do executivo foi feita à agência de notícias Reuters em Conselho Internacional na Costa do Marfim.

"Se os agricultores não são bem remunerados e incentivados a plantar café, então, em algum momento do futuro, podemos ter dificuldades em obter a quantidade de café que precisamos, porque a demanda está crescendo de forma constante", disse Sette.

De acordo com o executivo os baixos ganhos dos envolvidos do setor têm reduzido a oferta do grão no mercado. Enquanto que a demanda cresce cerca de 2% ao ano com aumento importante no consumo dos mercados emergentes. "Nós não temos a mesma confiança de que teremos oferta para continuar", disse. "Então os produtores precisam estar convencidos de que vale a pena sua paciência", pondera Sette levando em conta que são necessários investimentos de longo prazo na produção do grão.

O Rabobank, um dos maiores bancos especializados em commodities do mundo, estimou no mês passado um déficit global de café em 2017/2018 de 6,1 milhões de sacas em meio ao aumento da demanda, e os sinais de estreitamento da oferta são evidentes no Brasil, que é o maior produtor de café do mundo, e onde os estoques caíram acentuadamente.

"Muitas vezes, especialmente nos países consumidores, há uma grande ênfase em... sustentabilidade ambiental... mas não há ênfase correspondente na sustentabilidade econômica", disse o executivo da OIC.

Com informações da agência de notícias Reuters.

Por: Jhonatas Simião

Fonte: Notícias Agrícolas / Peabirus